Por: Cecília Meireles.
Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem triste:
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou edifico,
se permaneço ou me desfaço,
- não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto.
E a canção é tudo.
Tem sangue eterno e asa ritmada.
E sei que um dia estarei mudo:
- mais nada.
*É o preferido.
Eu até pagaria o enterro e as flores, só que você não vai ousar morrer de amores.
ResponderExcluirE aliás, artistas não morrem, viram purpurina.
Saudades.
Então... nós duas viraremos purpurina.
ResponderExcluirQue saudades de você.